Encontro de Almas
Por Esther Crouch
Renee,
Incrível e maravilhoso é o encontro de almas, não é?
Coisa rara — mas quando acontece… é joia preciosa, daquelas que deslumbram a gente.
Afinal, as pessoas estão cada vez mais distantes. Vivemos na defensiva, sempre com medo: medo de nos machucar, de nos ferir, de nos enganarmos. É tanto receio que esquecemos como é bom simplesmente nos permitir.
Você fala dessa crisezinha dos 40/50… Pois para mim, esse despertar só veio aos 60. E me lembro perfeitamente do que senti ao me deparar com essa mudança.
Espantoso como não foi algo sutil, progressivo. Não.
Não foi como o cair de uma pétala.
Foi como dobrar uma esquina e, de repente, frear com força para não colidir com um caminhão que surge do nada, bem na sua frente.
Sim. Um susto.
Lembro do dia seguinte a essa quase colisão… Descobri que estava mais livre, com menos peso nos ombros, com o direito de relaxar. E mais: uma inesperada sensação de poder.
Finalmente eu poderia me expressar sem precisar dos “batedores” — aquelas sirenes e luzes anunciando nossa presença ao mundo.
A partir dos 60, as mudanças vieram rápidas e intensas.
Mas elas me deram simplicidade, humildade, e me aproximaram do que há de mais humano em todos nós.
Havia antes disso uma espécie de sufocamento… que, de repente, deixou de existir.
Bom, acho que me alonguei demais! Desculpe.
Mas é tão maravilhoso saber que encontro ressonância em você!
Obrigada, Renee. Você me enriquece.
Bom dia com carinho.
E.C. & Lev